A Câmara de Vereadores de Montenegro aprovou por unanimidade, na sessão que aconteceu na noite de quinta-feira (22), o projeto de lei de autoria do Executivo que prevê um auxílio no valor de R$ 1 mil às famílias que tiveram perdas com a enchente causada pela passagem do ciclone extratropical.
De acordo com o poder municipal, o texto institui o “Programa Recomeçar”, destinado às pessoas que atendam aos critérios de pobreza, vulnerabilidade social, com renda per capita de até R$ 218,00 e que integram o CadÚnico. Durante a enchente, provocada entre os dias 15 e 16 de junho, pelo menos 13 famílias foram abrigadas pela Prefeitura, mas muitas outras acabaram ficando desalojadas e se refugiando na casa de parentes e amigos.
Conforme informações da Defesa Civil, foram atingidos os bairros Olaria, Industrial, Ferroviário, Centro, Passo do Manduca e Municipal. A cheia atingiu cerca de 8 mil famílias e causou prejuízos estimados em R$ 15,6 milhões na cidade.
O prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta, explica que cerca de 600 famílias deverão ser beneficiadas com o auxílio do Programa Recomeçar. “Trata-se de mais medida de enfrentamento aos efeitos do ciclone da semana passada, que provocou vendaval e chuvas que elevaram o nível do Rio Caí a 8,55 metros”, destaca.
Segundo o prefeito, o recurso deverá ser pago em parcela única, por meio de cartão magnético ou aplicativo, e só poderá ser usado no comércio local. Com o dinheiro, não podem ser comprados cigarros e nem bebidas alcoólicas. A concessão do benefício deve começar já na próxima semana.
Na quarta-feira (21) o governo do Estado homologou o decreto de emergência de Montenegro e a partir de agora, o Município está efetivamente habilitado a receber recursos públicos, junto à União e ao próprio Estado, para reduzir os efeitos da calamidade. De acordo com o Executivo, medições realizadas pela empresa Tanac indicam que esta última cheia está entre as maiores já registradas em Montenegro.