O Brasil voltou a registrar saldo positivo na abertura de empresas, alcançando um recorde de 5,7 milhões de companhias ativas em 2021. No entanto, o fenômeno permanece puxado pelo perfil sem nenhum trabalhador assalariado, apenas com o proprietário ou sócios. No Rio Grande do Sul, as empresas e outras organizações ativas somavam 500,3 mil unidades locais, número recorde na série histórica iniciada em 2006.
Os dados são do Cadastro Central de Empresas (Cempre) referentes a 2021, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As unidades gaúchas ocupavam 3,5 milhões de pessoas, sendo 2,8 milhões (81,8%) como assalariado e 633,9 mil (18,2%) na condição de sócios e proprietários, também o maior número da série histórica.
Os salários e outras remunerações pagos totalizaram R$ 117,9 bilhões, sendo que o salário médio mensal foi de R$ 3.216,76, equivalente a 2,9 salários-mínimos. Na comparação com o ano anterior, houve aumento de 4,1% do total de unidades locais instaladas no estado, representando um acréscimo de 19,6 mil unidades.
O pessoal ocupado total e o assalariado aumentaram 4,3% (mais 142,5 mil e 116,4 mil, respectivamente), o mesmo percentual de aumento dos sócios e proprietários (mais 26,1 mil pessoas). A massa de salários e outras remunerações, corrigida pela inflação, se manteve no mesmo patamar de 2020, enquanto o salário médio mensal apresentou redução de 2,2% em termos reais.