O setor empresarial se dividiu sobre os efeitos da manutenção taxa básica de juros da economia em 13,75% ao ano. Enquanto a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), entende que a decisão alinha as expectativas da autoridade monetária e do mercado, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn diz que a aprovação do novo arcabouço fiscal, a surpresa inflacionária positiva no último mês e o importante processo de ancoragem das expectativas inflacionárias formam um cenário prospectivo bastante favorável para a redução da Selic ao longo do segundo semestre.
“Acreditamos que o caráter restritivo da política monetária tem consequências relevantes sobre a dinâmica da atividade econômica e do emprego, bem como do consumo das famílias e do investimento, que tendem ficar ainda mais evidenciados a partir desse momento. Nesse sentido, reforçamos nosso entendimento que necessitamos de taxas de juros estruturalmente mais baixas no país, o que só se consegue a partir de reformas que garantam mais crescimento da economia e controle das contas públicas”, disse o dirigente.
Já a FecomercioSP pontua que o dado de inflação apresentado no mês de maio foi contido, melhorando as expectativas para os preços atuais e para o próximo ano, convergindo cada vez mais ao centro da meta. Com isso, abre espaço para o início do ciclo de expansão monetária. Por isso, a indicação de corte pelo Banco Central (BC) poderia ser apresentada na próxima reunião, em agosto.