Se há um ponto de convergência entre os analistas de mercado, este é a perspectiva sobre o que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá nesta quarta-feira, 21, sobre manter ou não a taxa básica de juros (Selic) nos mesmos 13,75% que se encontra desde agosto do ano passado. Entretanto, o principal interesse está na comunicação que será feita pelo comitê no final da tarde onde se espera algum tipo de sinalização de corte à frente.
Economistas acreditam que o documento trará indícios do início de flexibilização já na reunião de agosto, com um corte de 25 pontos-base, sem que o Comitê se comprometa formalmente com os cortes. Essa iniciativa já foi adotada em 2016, quando os juros começaram a cair em outubro, mas o Banco Central deu os primeiros sinais de mudança no encontro de agosto daquele ano.
Naquela reunião, o Copom manteve a taxa em 14,25% anuais, mas acrescentou na declaração que “uma flexibilização das condições monetárias” dependeria de fatores que permitissem a maior confiança no alcance das metas para a inflação. Até então, o BC dizia que o balanço de riscos indicava “não haver espaço para flexibilização da política monetária”.