Parlamentares e entidades da sociedade civil anunciaram, nesta terça-feira, que entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma petição com mais de 150 mil assinaturas virtuais para defender a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Participaram da mobilização 21 entidades, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e Observatório Político e Eleitoral (Opel), além das deputadas Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Talíria Petrone (PSol-RJ).
Segundo as entidades, o ex-presidente divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral a atacou o sistema eletrônico de votação.
Na quinta-feira, o TSE vai julgar o processo aberto contra Bolsonaro após a reunião com embaixadores, realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para descredibilizar a urna eletrônica. Se for condenado, Bolsonaro fica inelegível por oito anos e impedido de disputar as próximas eleições.
Durante a tramitação do processo, a defesa de Bolsonaro argumentou que o caso não compete à Justiça Eleitoral. No entendimento dos advogados, o evento com os embaixadores ocorreu em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022 e ainda não tinha sido aprovado em convenção partidária.