Começa nesta terça-feira, 20, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que vai decidir sobre a continuidade ou não da taxa de juros básicos da economia brasileira nos atuais 13,75% ao ano, patamar no qual está desde setembro do ano passado. A expectativa de grande parte dos analistas do mercado financeiro é que não será neste encontro que a autoridade monetária vai reduzir os juros. A sondagem semanal do Relatório Focus, divulgada nesta segunda feira aponta que, ao final do ano, a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) será de 12,25%.
Entre os profissionais, o Copom deve manter a taxa estável no encontro desta semana, sem sinalizar que o corte está próximo. Mas as apostas remetem o otimismo para que isto aconteça entre agosto e setembro. Com os dados de inflação mais fracos e a leitura mais otimista acerca da economia brasileira, que culminou na semana passada com a alteração da perspectiva do rating do Brasil de estável para positiva pela S&P Global, os estrategistas do Goldman Sachs alteraram suas estimativas para o câmbio doméstico e passaram a projetar o dólar em R$ 4,40 no fim do ano.
Na leitura dos profissionais do banco americano, o real ainda tem espaço para avançar “porque ainda é negociado cerca de 10% barato para o nosso valor justo estimado de em torno de R$ 4,30.” Assim, em relatório enviado a clientes, o banco americano cortou a estimativa para o dólar de R$ 4,90 para R$ 4,60 no prazo de três meses; de R$ 4,85 para R$ 4,40 no espaço de seis meses (no fim deste ano); e de R$ 4,80 para R$ 4,40 no intervalo de 12 meses.