Com 2,5 mil desalojados, Novo Hamburgo amplia número de abrigos na cidade

Bairros mais atingidos pela cheia do Rio dos Sinos são Santo Afonso e Canudos

Novo Hamburgo conta com cinco abrigos, onde há 370 pessoas alojadas | Foto: Lú Freitas / Prefeitura de Novo Hamburgo / CP

A partir desta terça-feira (20), a Prefeitura de Novo Hamburgo abre mais um abrigo para acolher vítimas das cheias do Rio dos Sinos, ocorrida a partir do ciclone extratropical. O Instituto Estadual Seno Frederico Ludwig, o CIEP Canudos, na Rua Amalie Thon 50, já está de portas abertas recebendo moradores. As aulas no instituto serão interrompidas para isso. Com isso, Novo Hamburgo conta com cinco abrigos, onde há 370 pessoas alojadas.

De acordo com a Prefeitura, o município tem cerca de 2,5 mil pessoas desalojadas. Os bairros mais atingidos pela cheia do Rio dos Sinos são Santo Afonso (Vilas Palmeira, Marrocos e Kroeff) e Canudos (Visital, Esmeralda, Kippling e Getúlio Vargas). Estima-se que mais de 10 mil pessoas tenham sido atingidas pelos estragos do ciclone extratropical.

Além do CIEP, há ainda a Base de Ações Comunitárias Integradas (BACI) Santo Afonso (Rua Buenos Aires, 217) e Escola Municipal Analdo Grin (Avenida Montevidéu, 902), ambos no bairro Santo Afonso; Igreja Marevan, na Rua Leopodo Petri, 2530, bairro Lomba Grande; e Escola Municipal Martha Wartenberg (Rua Sílvio Gilberto Christmann, 1351), em Canudos.

Enquanto ocorre o resgate de pessoas em casas alagadas, outras centenas de pessoas são acolhidas em pontos de abrigo com assistência médica e social. Ao mesmo tempo, aqueles que não deixaram suas casas ou foram acolhidos por parentes, recebem roupas e cobertores em pontos pré-estabelecidos nos bairros onde as consequências do ciclone ainda estão sendo sentidas. Na Fenac, a comunidade segue levando donativos, mostrando empatia e solidariedade com a situação excepcional.

“A mobilização está total em Novo Hamburgo. Não estamos medindo esforços em atender e acolher a todos que precisam”, enfatiza a prefeita Fátima Daudt. Além de voluntários, mais de cem pessoas estão diretamente envolvidas nos trabalhos.

A Defesa Civil, com apoio de secretarias municipais, de voluntários, dos bombeiros e também do Exército, segue em trabalho de campo, resgatando moradores. Além da Vila Palmeira e arredores no bairro Santo Afonso, onde as águas já baixaram, a alta do nível do Sinos atinge fortemente a Vila Marrocos, na Santo Afonso; Vilas Getúlio Vargas e Kipling, em Canudos; e Integração e Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande.

Na Vila Palmeira, o trabalho para recolher os descartes já começou. Caminhões e máquinas estão recolhendo móveis, eletrodomésticos e outros materiais descartados por moradores. Já moradores que precisam de agasalhos, material de limpeza e alimentos podem se dirigir aos Centros de Referência de Assistêncial Social (CRAS) Santo Afonso (Rua Honduras, 75, ao lado da Praça da Juventude), Canudos (Rua Ícaro, 933) e Kephas (Rua Tamoio, 52, Vila Dieh).