Os 370 mil trabalhadores brasileiros que utilizaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da Eletrobras, maior companhia do setor elétrico na América Latina, no processo de privatização da companhia, em junho de 2022, já podem se desfazer das ações. Os 15 fundos mútuos de privatização (FMPs), que registraram 372 mil cotista, acumulam perdas entre -3,42% e -9,88% desde que foram lançados. O desempenho mediano é de -6,44% nesse período de um ano.
Há cerca de um ano, a operação movimentou um total de R$ 33,7 bilhões na época, e previa que os investidores precisavam aguardar uma carência de 12 meses para fazer resgates. O prazo terminou na quarta-feira, 14, e é possível solicitar o resgate dos recursos que retornam para a conta do FGTS cinco dias após a solicitação. Para realizar o resgate dos FMPs de Eletrobras, retornando os recursos para a conta do FGTS, o trabalhador formaliza o seu pedido junto à instituição que administra o fundo escolhido para a aplicação.
Ao fim de maio passado, o número de cotista dos fundos já havia recuado para pouco mais de 330 mil, conforme levantamento da plataforma Economatica. Desde a oferta da Eletrobras, os trabalhadores retiraram pouco mais de R$ 1 bilhão, o que equivale a cerca de 18% dos R$ 5,9 bilhões que os FMPs somavam inicialmente, segundo a Economatica.