A semana econômica será marcada pela decisão a ser comunicada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central após a reunião desta terça-feira, 20, e quarta-feira, 21. A expectativa de grande parte dos analistas do mercado financeiro e de que não será neste encontro que a autoridade monetária vai reduzir os juros básicos da economia brasileira, atualmente em 13,75%, patamar no qual está desde setembro do ano passado. A sondagem semanal contida no Relatório Focus, e divulgada todas as segundas-feiras, deve retratar estes sinais sobre tendências para a economia brasileira.
Entre os profissionais, o Copom deve manter a taxa estável no encontro desta semana, sem sinalizar que o corte está próximo. Mas as apostas remetem o otimismo para que isto aconteça entre agosto e setembro. Uma pesquisa feita com 47 entrevistados do mercado financeiro aponta que nos próximos encontros haverá redução da taxa básica de juros do atual patamar de 13,75% ao ano, o maior desde 2017.
Dados de inflação divulgados desde o último encontro mostraram sinais de desaceleração dos preços, com o IPCA de maio caindo mais do que o esperado, além de expectativas de inflação moderadas no boletim semanal Focus. Isto leva a uma perspectiva de cortes de juros ainda para este ano, embora seja possível que o banco central deixe a porta aberta para ver e esperar como as condições se desenvolvem nos próximos meses.
No envolvimento com o campo político, expectativas são pela votação do texto do arcabouço fiscal no Senado. Além disso, o Congresso tende a avançar com o texto final da reforma tributária, com promessas de aprovação no mês de julho.
EUA
No cenário internacional, após o Federal Reserve pausar o ciclo de aperto monetário na reunião da semana passada, as atenções se voltam a discursos de dirigentes do BC americano, previstos para os próximos dias. Destaque à falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve comparecer ao congresso em duas ocasiões, na quarta-feira, 28, e na quinta-feira, 29. Pelas projeções do BC americano, ainda haveria espaço para mais duas altas ainda este ano.
Já na Europa, o Banco Central Europeu elevou os juros em mais 25 pontos-base também na semana passada, indicando que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou. Na próxima quinta-feira, é a vez do Banco Central da Inglaterra tomar sua decisão e a expectativa também é de uma nova elevação, na mesma magnitude, o que elevaria a taxa dos atuais 4,50% para 4,75%.