Nível do rio dos Sinos segue subindo e coloca autoridades em constante alerta

Autoridades trabalham na remoção de pessoas em áreas de risco

Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP

A Defesa Civil de Novo Hamburgo, com apoio de equipes da prefeitura, voluntários, bombeiros e também do Exército, segue em trabalho de campo, com máquinas pesadas, caminhões e barcos para resgatar moradores que encontram-se em áreas de risco após a passagem do ciclone extratropical. Além da Vila Palmeira e arredores no bairro Santo Afonso, onde as águas já baixaram em razão do trabalho da Casa de Bombas, a alta do nível do Sinos, que chegou a marca de 8,03 metros na manhã desta segunda-feira.

O problema atinge fortemente a Vila Marrocos, na Santo Afonso; Vilas Getúlio Vargas e Kipling, em Canudos; e Integração e Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande. Novo Hamburgo tem 347 pessoas foram de suas casas e atualmente abrigadas em quatro locais de acolhimento espalhadas pela cidade. O município segue recebendo doações na Fenac, que permanece aberta até as 18h. A pedida é por colchões, cobertores e materiais de higiene pessoal e de limpeza, além de alimentos. Não há necessidade de roupas.

Canoas

Em Canoas, o Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas segue monitorando a situação da Praia do Paquetá. Nesta segunda-feira, em medição realizada às 10h, a bacia do rio dos Sinos apresentava o nível em 1,74 metros, com previsão de aumento e situação de cheia na região. “O cenário é estável, mas, conforme a água da bacia do rio dos Sinos for descendo, aumentam os níveis em Canoas”, explica o secretário do Escritório de Resiliência Climática, Aristeu Ismailow. A Defesa Civil e a Guarda Municipal permanecem com rondas na Praia do Paquetá, Rua da Barca e Mato Grande.

Sapucaia do Sul

Em Sapucaia do Sul o nível do rio dos Sinos atingiu 6,10 metros e invadiu as ruas do bairro Fortuna e Carioca. De acordo com a prefeitura, na madrugada desta segunda-feira, sete pessoas foram resgatadas de suas casas e encaminhadas para casa de parentes. Não há nenhuma família desalojada.

Até o momento, foram atendidas 470 famílias desde a noite de quinta-feira quando o ciclone extratropical iniciou o rastro de devastação na região. Foram entregues 379 cestas básicas, 320 kits com material de limpeza e higiene, 12.375 peças de roupas e calçados, 50 colchões de casal e 20 infantis e foram doados e repassados mais de 1 mil cobertores.

Esteio

Em Esteio, pelo menos 130 pessoas seguem fora de casa e atualmente estão alojadas nos dois abrigos montados pela prefeitura. Um deles na Escola Ezequiel Nunes Filho e o outro na Escola Maria Marques. Até o momento, 550 kits de limpeza, cestas básicas, cobertores e roupas foram distribuídos para os atingidos afim de minimizar os efeitos que o ciclone extratropical causou nestes últimos dias. De acordo com o prefeito Leonardo Pascoal, as equipes da prefeitura seguem nas ruas atuando na remoção de entulhos. “Toda doação ajuda”.

Campo Bom

Em Campo Bom, acumulado de chuva na sexta-feira chegou a 209mm, o maior de todo o RS para o mês de junho desde 1961. Nesta segunda-feira, o nível do rio dos Sinos era 7,59 metros. Apesar da estabilização, a marcação alcançada causou o alagamento de muitas ruas dos bairros Barrinha, Porto Blos, Vila Rica, Operária e 25 de Julho. Pelo menos 38 pessoas estão alojadas no ginásio.

Doações ainda são necessárias, especialmente de itens de higiene pessoal, produtos de limpeza e alimentos não-perecíveis. As aulas estão temporariamente suspensas nas escolas Princesinha e Princesa Isabel, na Barrinha, e Presidente Vargas, na Operária. A Defesa Civil e a prefeitura continuam trabalhando incansavelmente para auxiliar os afetados, inclusive realizando, nesta segunda, o transporte dos trabalhadores ilhados. Quem precisar de ajuda, deve entrar em contato com a Defesa Civil pelo (51) 99631-4625.