Marau: Polícia Civil confirma feminicídio após agressor morrer em colisão de trânsito

Internada, vítima, de 40 anos, não resistiu após ser esfaqueada pelo ex-companheiro, na manhã desta segunda-feira

A Polícia Civil de Marau, no Norte gaúcho, confirmou o feminicídio de Jaquiela Mocellin, de 40 anos, moradora do bairro Nova Alternativa e vítima de esfaqueamento pelo ex-companheiro, na manhã desta segunda-feira.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Norberto dos Santos Rodrigues, ela sofreu três perfurações gravíssimas e morreu internada no Hospital Cristo Redentor, perto do meio-dia. “Ela teve uma parada cardíaca, as equipes das emergências tentaram reanimá-la, ela resistiu por um bom tempo, mas no final da manhã, perto do meio-dia, veio a óbito”, detalhou o policial, em entrevista à Rádio Guaíba.

Assim que a Brigada Militar e a Polícia Civil receberam a informação da tentativa de feminicídio, pela manhã, seguiram com duas equipes para o hospital. Em conversa com familiares da vítima e, depois, com o acesso às imagens do suspeito chegando à casa dela, iniciaram o cerco e a busca pelo homem.

“Nós vimos ele saindo em direção à Vila Maria e estávamos nos movimentando para fazer um cerco para pegar ele em flagrante. Mas em seguida, a Polícia Rodoviária Estadual [Comando Rodoviário da BM] ligou e disse que um carro com as características do nosso suspeito tinha se acidentado [chocando-se] com uma carreta em Casca. Nos direcionamos para o local e constatamos que ele jogou o carro na contramão, na frente da carreta, e morreu”, explica. A colisão ocorreu na ERS-324, entre Marau e Vila Maria. Júlio Cesar da Silva Cunha, de 42 anos, conduzia um Ford Ka.

Ainda conforme o delegado, diligências preliminares apuraram que ambos haviam entrado recentemente em processo de separação. Ouvindo familiares, contudo, a polícia chegou à informação de que Jaquiela e Júlio Cesar haviam oficialmente encerrado o relacionamento ainda em 2017. “Ele já estaria casado de novo e ela também estaria em outro relacionamento. Porém, o suspeito vivia atrás dela. Inclusive, na semana passada, teria agredido o atual companheiro da vítima, mas eles não quiseram registrar ocorrência”, esclarece.

Nenhum deles (vítima e agressor) tinha ficha criminal.