Inflação projetada pelo Relatório Focus cai para 5,12% em 2023, diz BC

Já a projeção para a expansão da economia em 2023 foi elevada, de 1,84% para 2,14%

Os economistas do mercado financeiro reduziram, pela quinta semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2023, de 5,42% para 5,12% ao mesmo tempo em que passaram a estimar novo crescimento do nível de atividade. As informações constam do Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.

Se confirmada, a inflação segue superando o teto da meta de inflação, embora mais próxima que outras semanas anteriores, definida pelo governo. A meta central foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, a projeção caiu de 4,13% para 4,12%. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

PIB

A projeção para a expansão da economia em 2023 foi elevada, de 1,84% para 2,14%. Essa foi sextarevisão para cima do PIB de 2023 na pesquisa. A estimativa para 2024 caiu de 1,27% para 1,20%, enquanto a e 2025 foi mantida em 1,80% e a 2026 subiu de 1,95% para 1,99%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro elevou o desempenho de 1,26% para 1,68%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Para 2024, a previsão de crescimento está em 1,28%. Na semana passada, o IBGE divulgou um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre do ano.

Quanto ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 recuou de R$ 5,10 para R$ 5,00. AA projeção para 2024 saiu de R$ 5,17 para R$ 5,10 e a 2025 recuou de R$ 5,20 para R$ 5,18. A projeção para 2026 caiu de R$ 5,26 para R$ 5,25. A sondagem semanal contida no Relatório Focus aponta que, ao final do ano, a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) será de 12,25% após oito semanas de estabilidade, contra os atuais 13,75%.

Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 58,8 bilhões para US$ 59,2 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo continuou em US$ 55,3 bilhões.