O governo estadual avalia o ciclone extratropical da semana passada como o desastre climático que mais causou perdas humanas na história recente do Rio Grande do Sul. Diante da gravidade da devastação, que provocou 14 mortes e mantém mais de 7,6 mil pessoas fora de casa e uma desaparecida, o governador Eduardo Leite reuniu o secretariado, na noite desta segunda-feira, para definir ações adicionais em apoio à população afetada.
Durante o encontro, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, Leite determinou a criação de um grupo de trabalho envolvendo a Procuradoria-Geral do Estado e as secretarias de Planejamento, Governança e Gestão, da Fazenda e de Assistência Social para desenvolver uma política de apoio financeiro às famílias em situação de vulnerabilidade que sofreram perdas. O aporte extraordinário deve ser realizado por meio do cartão cidadão, no qual o governo estadual já deposita benefícios como o Devolve ICMS..
O governador garantiu que não vai permitir que a situação caia no esquecimento após o momento de maior comoção. “Na reunião distribuímos responsabilidades e estabelecemos prazos, porque não vamos deixar que se frustrem as expectativas dessas comunidades que foram atingidas e de toda a população gaúcha que acompanhou sensibilizada todo esse momento que acabamos de passar”, afirmou.
Leite também declarou que vai investir recursos próprios do Piratini, além de buscar o apoio federal.
O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, explicou que vêm sendo providenciadas passagens molhadas para, de forma emergencial, restabelecer o acesso às localidades onde pontes caíram e viadutos foram danificados, em paralelo aos projetos de reconstrução.
Para os pequenos produtores rurais que perderam as lavouras em razão da chuva também serão elaboradas estratégias de auxílio e crédito facilitado.
Conforme o balanço oficial mais recente emitido pelo governo estadual, 3.221 pessoas seguiam em abrigos públicos e 4.328 em casas de amigos e parentes, nesta segunda-feira. No fim da tarde, a Defesa Civil estadual detalhou o número de afetados em municípios que ainda tinham mais de 100 pessoas fora de casa. A lista já não abrange cidades como Esteio e São Leopoldo, onde a maioria das famílias atingias já retornou para casa.
Veja a lista:
Caraá – desabrigados: 40 e 2.960 desalojados
Taquara – 161 desabrigados e 840 desalojados
Gravataí – 800 desabrigados
Lindolfo Collor – 500 desabrigados e 130 desalojados
Novo Hamburgo – 351 desabrigados
Maratá – 320 desalojados
Maquiné – 200 desabrigados
Três Forquilhas – 200 desabrigados
Dois Irmãos – 183 desabrigados
Parobé : 182 desabrigados
São Sebastião do Caí: 182 desabrigados
Campo Bom: 156 desalojados
Fonte: informações fornecidas pela Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil