Caraá distribui cinco toneladas de alimentos a afetados pelo ciclone

Mais de 10 mil litros de água foram também entregues

Foto: Reprodução/Instagram

O coordenador da Defesa Civil de Caraá, Antônio Augusto Borges, relatou que já foram distribuídos mais de 10 mil litros de água e uma quantidade superior a cinco toneladas de alimentos após os estragos causados no município em decorrência do ciclone extratropical. A área central da cidade já tem sinal de internet e ainda há uma grande movimentação das equipes de resgate nas duas bases de operações, o CTG Sentinela dos Sinos e a Prefeitura Municipal, que fica em frente.

No entanto, Borges chama a atenção para o “turismo do desastre”, um aspecto indesejável, mas que vem acontecendo desde o final da semana passada, quando houve o ciclone. “Se você não tem relação com o desastre, não venha ao município. As pessoas estão vindo e tirando fotografias. Isto causa tumulto no trânsito e até atrapalha nossas equipes”, comenta ele.

Situação em Montenegro

O ciclone provocou uma série de danos em diferentes regiões do Estado. A prefeitura de Montenegro estima que o número de atingidos pela cheia seja de 8 mil pessoas. Atualmente, 15 famílias são abrigadas pela prefeitura e, segundo a administração municipal não há como saber quantas famílias foram procurar abrigo na casa de amigos e familiares.

Nível do rio dos Sinos 

O nível do rio do Sinos na manhã desta segunda-feira, em São Leopoldo, atingiu a marca dos 7,28 metros, de acordo com a medição da régua do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e segue subindo 2 centímetros por hora. O nível das águas considerado normal é entre 2 a 4 metros. A tendência, segundo dados do Semae, é que o rio continue se elevando até o final do dia.

O nível não atinge estes níveis desde 2013. Ainda estão acolhidas no Ginásio Municipal Celso Morbach, 260 pessoas, totalizando mais de 500 fora de suas casas, considerando os demais locais coletivos de acolhimento. Outras 1,7 mil famílias tiveram as moradias atingidas pelas águas. Muitas delas buscaram acolhimento junto a casas de amigos, familiares e associações locais.

*Com informações do repórteres Felipe Faleiro e Fernanda Bassôa