Atirador de escola no PR garante que não conhecia vítimas

À polícia, ele afirmou que atirou por ter sofrido bullying no passado

Foto: RicMais / Especial / CP

O atirador que invadiu uma escola estadual em Cambé (PR) e matou uma pessoa, nesta segunda-feira, disse à polícia que não conhecia as vítimas e que cometeu o ataque como forma de retaliação pelo que sofreu na escola no passado.

Uma estudante de 16 anos do Colégio Estadual Professora Helena Kolody morreu baleada e outro, também ferido a tiros, segue internado em estado grave. O atirador era ex-aluno da instituição. Ele entrou no local alegando que queria solicitar o histórico escolar, e disparou contra os estudantes.

Segundo a Polícia Civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens porque, para ele, essa a forma de retaliar o sofrimento e mágoa que guarda do tempo em que estudou no Helena Kolody.

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que, em depoimento, o atirador confirmou não ter vínculo com as vítimas. “O que ele relata é que ele não tem nenhum vínculo com essas pessoas que ele atingiu”, afirmou em entrevista à imprensa.

Antecedente

O secretário informou, na entrevista, que o homem já tinha feito um ataque com faca em uma outra escola, no passado, tendo sido denunciado pelo Ministério Público. Na época, a Polícia Militar chegou a ser acionada, mas ele fugiu.

Terceiro ataque

O tiroteio no Colégio Estadual Professora Helena Kolody é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras neste ano. Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país.

Denúncias

O Disque 100 recebe denúncias de ameaças de ataques a escolas em todo o Brasil. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar. Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.