Defesa Civil de Canoas alerta para possibilidade de cheia do Rio dos Sinos

Nível das águas na Praia do Paquetá atingiu 1,79m neste domingo

Foto: Maria Eduarda Fortes/CP

A vazão segue crescendo, com risco de cheia nas bacias dos rios dos Sinos, Caí e Gravataí em função da chuva em excesso provocada na Serra e no litoral Norte durante a passagem de um ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul a partir de quinta-feira. Conforme a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, a bacia do Sinos corre risco de cheia com maiores dimensões.

Em Canoas, a Defesa Civil do município monitora a situação de moradores da Praia do Paquetá, onde o nível do Sinos chegou hoje a 1,79m, às 11h. O secretário adjunto do Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas, Igor de Sousa, relatou ao menos três residências debaixo d’água. Ele explica que o nível normal varia dentre 0,90m e 1,20m. “A gente vem monitorando a descida do rio dos Sinos de Novo Hamburgo e do Caí, porque essa água acaba vindo para Canoas no sentido Lagoa dos Patos. Neste domingo a gente está com o vento a nosso favor, é vento norte, mas a qualquer momento o vento pode virar para Sul e essa água acabar represando aqui no município”, adverte.

Segundo Sousa, a Defesa Civil Estadual entrou em contato com as equipes de Canoas para orientar sobre possíveis impactos provocados pela liberação de águas represadas na Serra e outras regiões. Diante desse cenário, a Defesa Civil do município mantém o alerta até terça. “Eles passaram algumas orientações informando que, após a desobstrução de vias e pontes que caíram no interior e na Serra, essa água vai escoar com mais rapidez aqui para Canoas e a gente pode ter um impacto maior aqui”, observa.

Na região banhada pelo Sinos, existem cerca de 150 moradias: 70 casas na Prainha do Paquetá e 80 na rua da Barca. Conforme Sousa. Para garantir a segurança do grupo, a Defesa Civil vai a região três vezes por dia: pela manhã, à tarde e à noite.

Em função do temporal, Canoas registra 60 pessoas ainda desalojadas, em casas de amigos e parentes. Doações, como cobertas, material de higiene, roupas e alimentos, seguem sendo feitas no Corpo de Bombeiros, localizado na avenida Santos Ferreira, 965, e nos postos de coleta da Campanha do Agasalho. As maiores necessidades incluem roupas masculinas, calçados infantis (abaixo da numeração 34) e produtos de limpeza.