O ciclone extratropical que passa pelo Rio Grande do Sul atingiu também Sapiranga, no Vale do Paranhana. Durante a noite, 12 pacientes que estavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas foram removidos pelo Corpo de Bombeiros de barco. Oito deles tiveram alta. Mas quatro foram levados para o Hospital de Sapiranga.
Dois pacientes na UPA já estavam aguardando vagas de leitos no Hospital. Outros dois, um com pneumonia e outro com apendicite, também foram internados para receber atendimento. A prefeita de Sapiranga, Carina Nat, esteve no local e acompanhou a remoção dos pacientes. “Às 22h quando chegamos na UPA ainda era possível entrar pelos fundos. Mas a água subiu rápido demais e em 30 minutos ficamos ilhados”, conta.
Carina diz que essa é a primeira vez que a UPA é inundada. Em Sapiranga, a região de Porto Palmeiras é a mais atingida, bem como os bairros Centenário, Oeste e São Luís. Até o momento, 60 pessoas estão desabrigadas e alojadas no salão de uma igreja. À tarde, serão deslocadas para o Ginásio Municipal, onde a população será abrigada e atendida.
Prefeitura, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros seguem trabalhando e resgatando famílias que ficaram ilhadas. A prefeita estima que o número de vítimas chegue a 100. “Autoridades e a comunidade já se mobilizam para atender a população desabrigada com roupas, colchões e alimentação”, ressalta.
A escola Municipal de Ensino Fundamental Oscar Felix da Silva está com as aulas suspensas hoje, em função da obstrução de acesso dos alunos e funcionários. Assim que a água baixar a direção abrirá a escola e servirá alimentação para alunos e comunidade. As escolas Balduíno Wasem e 25 de Julho também não terão aulas.
