Haddad pede que debate sobre desoneração da folha fique para depois da reforma tributária

Ministro defende que proposta de desoneração fique para uma segunda fase da reforma tributária

Crédito: Divulgação/Senado Federal

A discussão sobre a desoneração da folha de pagamentos deverá ficar para depois da reforma tributária. Esta é a estimativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com o senador Omar Aziz (PSD-AM), integrante da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e relator do arcabouço fiscal na Casa. Para o ministro, a proposta de desoneração da folha ficaria para uma segunda fase da reforma tributária, em que os tributos poderão ser redesenhados.

O ministro afirmou ainda que não está pedindo aos senadores “anos” para discutir a desoneração da folha, mas que o assunto fique para depois da reforma tributária. “Estamos quase no segundo semestre. Não tem por que sair correndo. Até porque os benefícios previstos têm vigência até o dia 31 de dezembro deste ano. Não consigo entender a pressa”, reforçou Haddad, numa crítica direta ao andamento nesta terça-feira, na CAE do Senado, da proposta de prorrogação por quatro anos da desoneração para setores específicos.

A comissão aprovou, em primeira votação, a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores que teriam o direito até fim deste ano, estendendo o benefício até 2027 e contrariando posição do governo. Mas o texto ainda terá que passar por um segundo turno de votação na comissão. Se a aprovação for confirmada, o projeto seguirá direto para deliberação na Câmara.

Haddad confirmou ainda que o governo está elaborando uma proposta sobre desoneração a ser encaminhada ao Congresso no segundo semestre. Segundo ele, depois de promulgada a reforma tributária, o governo também decidirá sobre o tema da desoneração.