A Justiça de São Paulo determinou, na tarde desta terça-feira, a penhora da Arena do Grêmio. A decisão ocorre a pedido de três instituições – Banrisul, Banco do Brasil e Santander – que querem reaver R$ 266 milhões financiados para a construção do estádio gremista.
O valor se refere aos valores liberados por meio de acordo realizado na época.
Não existe data para o estádio ir a leilão. Cabe recurso da decisão, o que deve ser feito pelos responsáveis pela gestão da Arena Porto-Alegrense.
Coincidentemente, representantes do Grêmio e da Arena se reuniram, no fim da tarde, com o prefeito da capital, Sebastião Melo. A reunião, porém, não teve relação com o impasse e já havia sido previamente marcada. No encontro, a pauta era a operação no entorno da Arena, no que se refere a mobilidade e destinação de resíduos, em dias de eventos e partidas de futebol.
Durante a tarde, a assessoria da Arena publicou nota em que sustenta que a decisão de penhora se trata de um “procedimento técnico inerente ao processo”.
Ainda assim, deixa claro que vai recorrer.
Veja a íntegra:
Sobre as notícias veiculadas recentemente tratando da penhora da Arena do Grêmio, a Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio, esclarece que a penhora efetivada sobre o imóvel tem como objetivo garantir a execução da dívida movida pelos credores e assim permitir que as defesas apresentadas pelos devedores sejam apreciadas.
Portanto, trata-se de um procedimento técnico inerente ao processo. As referidas defesas têm questões substanciais, inclusive de excesso de valor em execução, que ainda receberão resposta pelo Judiciário. Vale destacar, ainda, que o imóvel Arena só pode responder por 8% da dívida, conforme estipulação contratual e que todos estes assuntos permanecem sendo discutidos judicialmente. De qualquer modo, a decisão será questionada via recurso, em razão de possíveis nulidades.