Sócio e comparsa são presos por morte de empresário mineiro no RS

Diego Gabriel da Silva executou Samuel Eberth Melo com nove tiros pelas costas, aponta investigação

Foto: Marcel Horowitz / Rádio Guaíba

A Polícia Civil anunciou, nesta segunda-feira, que prendeu preventivamente Diego Gabriel da Silva pelo homicídio do sócio, o empresário mineiro Samuel Eberth Melo, de 41 anos, procurado desde o dia 2 de junho até esse domingo, quando teve o corpo localizado em Santo Antônio da Patrulha, no litoral Norte. Em coletiva no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, foi também anunciada a prisão de um segundo homem, que teria auxiliado no crime.

De acordo com a corporação, Diego tornou-se o principal suspeito do crime após ter mentido aos policiais que o mineiro teria viajado para a Serra com duas mulheres, antes de ‘desaparecer’. A investigação também revelou que o sócio comprou lona e pás, provavelmente para enterrar o corpo.

Ainda segundo a apuração policial, a vítima viajou de Contagem, onde tinha uma revendedora de carros, no último dia 1º, para se encontrar, em Novo Hamburgo, com o sócio, que vendia os veículos da empresa no estado gaúcho. O objetivo era recuperar 11 dos 44 carros que havia deixado para a venda, no valor de R$ 1 milhão.

Conforme o delegado Mário Souza, Samuel foi morto com nove tiros, disparado pelo sócio, que o atingiram pelas costas. O suspeito, explicou o policial, mora no município do litoral Norte onde o corpo, que estava em uma propriedade abandonada, foi localizado.

“Recebemos uma denúncia anônima [sobre a localização do corpo]. A área da investigação era enorme, em uma zona rural de difícil acesso. Esse, até agora, é o caso do ano”, declarou o chefe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Outra pista para a localização do cadáver, explicou a delegada Marcela Ehler, foi a identificação de um sinal de celular da vítima, em Santo Antônio da Patrulha. “Ele [Diego] provavelmente atraiu o Samuel de forma sorrateira. Não sabemos o que o sócio disse para atraí-lo até a localidade onde foi executado”, destacou a titular da DPHPP de Novo Hamburgo, adicionando que o suspeito era amigo da vítima, com quem tinha sociedade desde o início do ano passado.