A maioria dos trabalhadores brasileiros terão apenas o benefício do INSS ao se aposentarem, enquanto apenas um quinto já começou a fazer uma reserva financeira para o momento de parar de trabalhar. Esta é a conclusão da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, uma pesquisa da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). A 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro ouviu 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País, em novembro de 2022.
De acordo com a pesquisa, em 2022, 51% daqueles trabalhadores que ainda não haviam se aposentado acreditavam que, no futuro, dependerão da previdência social para se sustentarem. O percentual representa um recuo na comparação com 2021, quando chegou a 55% que contavam com o INSS.
A maioria (58%) dos trabalhadores pretende começar a fazer reservas para o futuro, especialmente para as classes C (61%) e D/E (60%). Enquanto isso, 24% dos trabalhadores não iniciaram esse esforço e nem pretendem fazê-lo. A pesquisa revela também que aumentou o percentual daqueles que esperam seguir trabalhando mesmo depois da aposentadoria, de 20% em 2021 para 22% em 2022. Esse aumento foi puxado pelos trabalhadores da Classe C: em 2021, 20% deles previam que dependeriam de salário quando aposentados; em 2022, a porcentagem saltou a 24%, quase um quarto do segmento.