Presa 36ª integrante de organização criminosa que atuava no RS e em SC

Prisão de mulher, de 19 anos, ocorre no âmbito da Operação Cantina

Foto: Polícia Civil / reprodução

O Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil anunciou, nesta terça-feira, que prendeu uma mulher, de 19 anos, apontada como integrante de uma organização criminosa interestadual. A mulher, presa em Porto Alegre, é a 36ª integrante do grupo capturada no âmbito da ‘Operação Cantina’, deflagrada no final de maio no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

A investigada, segundo o delegado Rafael Liedtke,  não tinha antecedentes e recebeu R$9.450,00, oriundos de extorsões cometidas contra uma vítima em Curitiba, que sofreu prejuízo total de R$63.000.

Na época dos depósitos, ainda conforme o titular da 2° Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, a mulher era companheira e cunhada de dois presos recolhidos no sistema penitenciário gaúcho, um deles envolvido diretamente nos crimes apurados na Operação Cantina, morto em confronto com a polícia em Porto Alegre.

Entenda a Operação Cantina 

Policiais civis gaúchos e catarinenses deflagraram a ação, no início da semana, simultaneamente em Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Tramandaí, Imbé e nos bairros Ingleses e Carianos, em Florianópolis, Santa Catarina.

Segundo o apurado, um dos líderes da organização já esteve detido em presídios da capital, onde exerceu a função de cantineiro e contatou faccionados. Em liberdade, mas em razão desses contatos, o traficante arregimentou outros criminosos, geralmente presos, para ajudarem na prática do conhecido ‘golpe dos nudes’.

Através de redes sociais, grupo entrava em contato com homens de classe média por meio de perfis falsos de mulheres jovens para obter fotografias das vítimas nuas. A partir de então, as lideranças iniciavam uma série de extorsões.

A segunda etapa do esquema era a receptação do produto das extorsões, por pessoas também aliciadas pela organização. Essas posteriormente pulverizavam o dinheiro entre laranjas, até o montante retornar aos responsáveis pelas extorsões. Ainda conforme a investigação, parte do lucro retroalimentava o tráfico de drogas e de armas.

A investigação indica que o grupo englobava traficantes da zonas Sul e Leste de Porto Alegre. Para o cometimento dos crimes, uma facção com base no bairro Vila Jardim uniu-se com outra, oriunda da Viela 7, na Vila Cruzeiro do Sul.