A semana na economia é mais curta com o feriado de Corpus Christi, na próxima quinta-feira, 8, mas nem por isso menos tensa. O resultado Focus divulgado no começo da manhã pelo Banco Central já deverá trazer sinais do impacto do novo ICMS sobre combustíveis nos indicadores inflacionários. E, caso se confirmem projeções de aumento da inflação, estará criado um novo momento de pressão para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), programada para os dias 20 e 21 de junho.
A inflação de maio medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, será divulgada quarta-feira, 7. As projeções de analistas apontam para uma desaceleração para 0,31%, de 0,61% em abril, com o apoio de preços da gasolina e de alimentos. Assim, a taxa anual ficaria em 4%.
Até lá, o mercado estará observando o resultado da reunião desta segunda-feira, 5, no Palácio do Planalto, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e Rui Costa, da Casa Civil, para discutir o avanço nas tratativas do programa Carro Popular e Desenrola, que pretende reduzir o endividamento das famílias de baixa renda.
No Senado, o arcabouço fiscal ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou que apresentará o relatório da reforma na próxima terça-feira, 6.
DESTAQUE INTERNACIONAL
O desfecho da reunião da Opep+, realizada neste fim de semana, e projetou nova redução na produção deverá impactar o mercado da commoditie. Estoques de petróleo nos Estados Unidos serão divulgados na terça e na quarta-feira.
Mas os investidores também devem olhar com atenção para os índices da economia norte-americana, como gerentes de compras (PMI), composto e de serviços, que vão ser conhecidos na terça-feira. Alias, os PMIs também estão na agenda de indicadores da Europa e Ásia.
Na quarta-feira, o mercado vai conhecer a balança comercial chinesa referente ao mês de maio. O mercado projeta um crescimento de 7% nas exportações, na comparação anual. Em abril, o crescimento havia sido de 8,5%. As importações devem apresentar uma queda de 5%, menor que o recuo de 7,9% registrado um mês antes.