O governo vai lançar em cerimônia na tarde desta segunda-feira, 5, depois de solenidade ligada ao Dia Mundial do Meio Ambiente marcada para as 15h no Palácio do Planalto, dois programas desenvolvidos pela equipe econômica: o Desenrola, que prevê perdão de dívidas de até R$ 100 e as medidas para baratear carros populares. Os detalhes das duas iniciativas foram aprovados pelo presidente Lula durante reunião com o vice-presidente ,Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).
No caso dos carros, a decisão parece ser na direção da reoneração parcial do diesel, compensando as perdas com arrecadação, o que encontra resistência na equipe econômica. Só não ficou definida na reunião a forma de compensação aos cofres públicos com relação ao programa, que deverá ter validade por quatro meses.
“Tudo isso vai ser decidido hoje pelo presidente para garantir o programa, que vai dar um fôlego para a indústria automobilística até os juros começarem a cair no país”, disse Rui Costa. Segundo o ministro, atualmente, cresceu a procura por carros vendidos à vista, diante do custo elevado de financiamento. Com isso, as vendas caíram.
ENDIVIDAMENTO
No caso do Desenrola, o ministro Rui Costa disse que a ideia é perdoar dívidas de até R$ 100, desde que os credores decidam aderir ao programa. “Tudo será opcional, não será obrigatório. O credor que aderir deverá perdoar dívidas de até R$ 100 e terá direito a acessar o fundo garantidor para receber outras dívidas nas quais vai dar desconto”, disse.
O aplicativo do programa deve estar pronto entre agosto e setembro, mas o projeto precisa de aprovação do Congresso nos próximos dias. O credor que der o maior desconto poderá acessar um fundo, que deve contar com R$ 20 bilhões do Tesouro Nacional, para garantir o pagamento das dívidas com desconto. A previsão é que os primeiros leilões ocorram entre julho e agosto.
Para débitos maiores, de até R$ 5 mil, o programa vai renegociar dívidas de consumidores que ganham até dois salários mínimos, mas os credores não terão acesso ao fundo garantidor. Segundo técnicos do governo, a estimativa é que 40 milhões de pessoas estejam aptas para adesão ao programa.