A pedido do Ministério Público de Contas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu uma investigação sobre os problemas verificados na coleta de lixo em contêineres em Porto Alegre. As duas instituições pediram informações à prefeitura para esclarecer por que há equipamentos transbordando, com resíduos e dejetos espalhados pela rua. A situação ocorre há cerca de um mês e atinge principalmente os bairros Rio Branco, Auxiliadora, Santana e Higienópolis.
Há uma semana, o prefeito Sebastião Mello havia dado um ultimato ao consórcio Porto Alegre Limpa, que presta o serviço de coleta automatizada, mas mesmo assim os problemas voltaram a ocorrer. Nessa quinta-feira, ele afirmou que deve se reunir novamente com o consórcio, mas que já está em estudo efetuar uma contratação emergencial para sanar essa questão.
“Vou mudar esse tipo de contêiner, porque tem apenas dois ou três [fornecedores] com esse modelo. Tem briga, disputa e boicote entre eles. Não podemos ser reféns”, disse Melo.
Desde setembro do ano passado, quando o consórcio Porto Alegre Limpa assumiu a coleta de lixo nos contêineres, a prefeitura identifica falhas na prestação. Formado pelas empresas Beta Ambiental Ltda e Techsam Tecnologia em Soluções Ambientais Ltda, o consórcio recebeu uma multa um mês depois de começar a operar na capital por descumprimento de contrato. Os problemas continuaram e, em fevereiro, a prefeitura anunciou a rescisão do contrato. Porém, o consórcio recorreu, conseguindo reverter a medida. O Porto Alegre Limpa alega, sobretudo, problemas mecânicos em caminhões e contêineres.