Polícia Federal adia depoimento de Deltan em ação que tramita no STF

Segundo a assessoria de Dallagnol, no depoimento, ele descobriu ter sido intimado como investigado em razão de uma entrevista

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / CP

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou nesta sexta-feira que teve o depoimento à Polícia Federal, previsto para hoje, remarcado para a próxima segunda-feira. Segundo nota divulgada pela assessoria de Deltan, na hora do depoimento, o parlamentar descobriu que havia sido intimado para depor como investigado em razão de uma entrevista concedida sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que cassou o mandato dele.

“Não foi informado qual regra penal teria sido violada. Como o deputado só teve acesso à razão da investigação no momento do depoimento, e seu advogado só teve acesso aos autos instantes antes da audiência, esta foi remarcada para a segunda-feira. O deputado pediu ao seu advogado que solicite ao STF que o sigilo sobre o feito seja levantado, em prestígio à publicidade dos atos públicos e valoração da transparência”, disse em nota.

Em 16 de maio, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o registro da candidatura do ex-procurador da Operação Lava Jato. Os ministros da Corte entenderam que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para fugir de um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) capaz de impedi-lo de concorrer às eleições do ano passado. Assim, os ministros consideraram que o ex-procurador da Lava Jato “frustrou a aplicação da lei”.