O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, terminou o mês de abril com um superávit primário de R$ 15,6 bilhões. O resultado foi divulgado pelo Tesouro nesta terça-feira, 30, e é pior do que o saldo positivo de R$ 28,9 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a abril, o saldo nas contas públicas foi positivo em R$ 47,1 bilhões, contra superávit de R$ 79,0 bilhões em igual período de 2022.
Conforme o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, maio é um mês que sazonalmente tem pagamento de precatórios, várias despesas que se concentram. “O governo mantém a perspectiva de fechar o ano com um déficit primário inferior a 1% do PIB”, diz. Em 12 meses até abril, as contas foram superavitárias em R$ 22,3 bilhões, equivalente a 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em abril, as receitas do governo central, já descontadas as transferências obrigatórias a Estados e municípios, tiveram queda real de 1,8% sobre o mesmo mês de 2022, para R$ 170,0 bilhões. Já as despesas do governo tiveram alta real de 8,1%, a R$ 154,477 bilhões. Recentemente, o Ministério da Fazenda piorou sua projeção de déficit primário para o governo central em 2023 a R$ 136,2 bilhões, uma perda de R$ 28,6 bilhões maior do que a estimativa anterior, diante de uma perspectiva de maior gasto e menor arrecadação.