A taxa média de juros no crédito livre subiu para 45,1% ao ano em abril, a maior desde agosto de 2017 (45,6%). No quarto mês de 2022, era de 37,9%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Banco Central.Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 58,6% para 59,7% ao ano de março para abril – também a maior taxa desde agosto de 2017 (62,3%). Para as pessoas jurídicas, o juro médio cedeu de 24,1% para 23,9%.
Já o cheque especial registrou aumento de 3,9 pontos percentuais na taxa, passando para 134,0% ao ano. No crédito pessoal, a taxa passou para 43,1% ao ano. Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200, em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,3 ponto percentual em abril ante março, aos 22,4% ao ano. O resultado reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque
INADIMPLÊNCIA
Conforme a autoridade monetária, a taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,5% para 4,7% de março para abril. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência passou de 6,0% para 6,2% de um mês para o outro e, no caso das empresas, variou de 2,4% para 2,8% no período.
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro caiu pelo quinto mês consecutivo e fechou março em 48,5%, ligeiramente abaixo do porcentual de fevereiro (48,6%). O resultado se mantém próximo do recorde da série histórica do Banco Central, de julho do ano passado (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,7% em março, contra 30,8% no mês anterior.
Já o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiu em março, para 27,7%, contra 27,4% no mês anterior. O porcentual de março fica muito próximo do maior valor da série, de setembro de 2022 (27,8%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 25,6% em março, ante 25,4% em fevereiro.