As exportações brasileiras de componentes e produtos químicos para couros e calçados esboçaram uma reação em abril. Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), as exportações do setor geraram US$ 70,56 milhões, 4% mais do que no mesmo mês do ano passado. Já no acumulado do quadrimestre, os embarques somaram US$ 235,67 milhões, 2% mais do que no mesmo intervalo de 2022.
O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que, neste início do ano, países da América Latina vêm puxando os números para cima. “Destinos tradicionais, como China, Argentina e Estados Unidos estão perdendo espaço no ranking para países vizinhos, como Colômbia, Chile e Bolívia”, avalia o gestor.
A performance, segundo ele, ainda é resultado das feiras internacionais da primeira parte do ano, com destaque para a colombiana IFLS + EICI, para a qual a Assintecal levou 21 empresas brasileiras em fevereiro. “Com o mercado latino-americano em recuperação, devemos crescer 5% nas exportações do setor ao longo de 2023”, projeta.
ORIGEM E DESTINOS
O principal destino dos componentes e produtos químicos para couros e calçados ao longo do quadrimestre foi Portugal, para onde foram enviados o equivalente a US$ 27,9 milhões, 55% menos do que no mesmo período do ano passado.
Principal origem dos produtos químicos e materiais exportados no quadrimestre, as fábricas gaúchas somaram mais de US$ 127,9 milhões em exportações, 8% mais do que no mesmo período de 2023. Atualmente, o Rio Grande do Sul responde por mais de 50% das divisas geradas pelas exportações do setor.
O produto mais exportado pelo setor no quadrimestre foram os “Químicos para couro”, que geraram US$ 139,14 milhões, 35% mais do que no mesmo período de 2023. Na segunda posição apareceram os “Cabedais”, com US$ 44,96 milhões e queda de 72% em relação ao intervalo correspondente do ano passado. Na sequência apareceram os “Químicos para calçados” – adesivos, com US$ 28,7 milhões e incremento de 17%; os “Laminados sintéticos”, com US$ 9,94 milhões e incremento de 10%; os “Solados”, com US$ 3,6 milhões e queda de 390%; e as “Palmilhas”, com US$ 1,22 milhão e queda de 127%.