A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou, nesta segunda-feira, a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar. Esse é o primeiro caso confirmado no Rio Grande do Sul desde a chegada do vírus à América do Sul.
O H5N1 infectou aves silvestres da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto. As amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmaram a doença.
Ao menos 60 aves foram encontradas mortas, desde quarta-feira passada, na Estação Ecológica do Taim (ESEC), entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, o que levantou a suspeita de foco de gripe aviária. O local segue interditado, por tempo indeterminado, em um raio de 33 mil hectares. Entre os animais mortos, 59 cisnes de pescoço preto e uma ave migratória da espécie Caraúna.
Cinco equipes de vigilância da Secretaria já vêm atuando na região. Até o momento, foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas – o que até agora não se confirmou. O objetivo das ações é limitar a ocorrência e evitar a disseminação da doença para outras áreas.
A Secretaria reforça que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Também não impacta o comércio de produtos avícolas e nem oferece risco de consumo de carne e ovos, uma vez que a doença não é transmitida por meio do consumo.
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. Até então, o Brasil havia confirmado 12 casos da doença, nove deles no Espírito Santo e três no Rio de Janeiro.
Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou através do Whatsapp (51) 98445-2033.