A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira, a prisão de mais três mulheres durante a Operação La Lumiére, que apura um esquema de exploração sexual infantil em que mães eram aliciadas a entregar as filhas a um abusador, de 41 anos, em Imbé, no litoral Norte. Em abril, além do suspeito, outra mulher já havia sido presa em Porto Alegre, suspeita de ter submetido aos abusos as três filhas – de 8, 10 e 12 anos.
De acordo com a delegada Camila Defaveri, há registros de conversas em são negociados valores com o homem. Conforme as investigações, ele chegou a oferecer até R$ 3 mil em troca de encontros. As quantias disponibilizadas pelo suspeito podiam variar, segundo a policial, de acordo com o tipo de abuso.
O investigado, ainda segundo a delegada, se trata de um criminoso contumaz, que busca conhecer mulheres em ONGs e instituições de Amparo. Além disso, a investigação indica que ele utilizava sites de prostituição para conhecer outras pessoas, sempre do sexo feminino, com filhos menores, visando convidá-las para participação no esquema.
“Eram remetidas tabelas de valores a serem pagos por ele para a prática de determinados atos com as infantes. O ‘cardápio’ com valores dos abusos continha, inclusive, imagens de animes, já com o modelo do abuso. Após, combinado os valores, ele marcava os encontros em hotéis ou em uma de suas residências em Imbé”, declarou a titular da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).
Em desdobramentos da operação, os policiais prenderam uma mulher, de 26 anos, em Cachoeirinha. Ela é estudante da faculdade de medicina veterinária, digital influencer, e submetia a filha de 6 anos aos abusos.
Em Alvorada, foi presa outra investigada, de 23 anos. Ela atua como garota de programa, é aluna do curso técnico de enfermagem do Hospital Conceição, e sedia ao abusador duas filhas, de um e três anos.
Nesta sexta-feira, outra garota de programa, 25 anos de idade, foi presa em Porto Alegre. Ela é mãe de uma a criança de um e oito meses, também vítima dos abusos.
