Até a próxima quarta-feira, profissionais de Medicina interessados em ingressar no Programa Mais Médicos podem fazer a inscrição. O edital, lançado na última segunda-feira pelo Ministério da Saúde, oferta 5.970 vagas divididas em 1.994 municípios de todas as regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, há 541 vagas disponíveis, uma das maiores ofertas, atrás apenas de São Paulo (1.028 vagas) e Pará (590).
As inscrições foram abertas nesta sexta-feira, com prioridade para profissionais brasileiros formados no país. Também poderão participar brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.
As inscrições vão até a próxima quarta-feira, às 18h. A previsão é que os profissionais comecem a atuar nos municípios em fim de junho. O programa, que visa garantir atendimento médico principalmente nas regiões de vazios assistenciais, proporciona aos médicos oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios para atuação em áreas mais vulneráveis. O novo edital aumentou o tempo de atuação dos profissionais de três para quatro anos, prorrogáveis pelo mesmo período.
Para se inscrever, basta que o profissional acesse o Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), por meio do site oficial do programa. Após a validação da inscrição, de 1º a 5 de junho, os candidatos poderão indicar até dois locais de atuação de preferência.
Na alocação dos profissionais, serão considerados critérios relacionados à titulação, formação e experiência prévia no projeto. E, para desempate, terão prioridade os candidatos de residência mais próxima do local de atuação no Mais Médicos, os com maior tempo de formado e os de maior idade.
28 mil médicos até o fim do ano
Atualmente, existem mais de 8 mil profissionais atuando no Mais Médicos. O edital aberto agora é para recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para a Amazônia Legal. Cerca de 45% das vagas são para regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais de saúde.
A expectativa do governo federal é chegar até o fim do ano com 28 mil profissionais do Mais Médicos atendendo em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza. Com isso, o governo estima que mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS.
Incentivos e especialização
O governo federal reformulou o programa para torná-lo mais atrativo aos profissionais, em especial nas áreas mais vulneráveis e de difícil acesso, que historicamente sofrem com a falta de médicos. Uma das novidades é a oportunidade de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado em Saúde da Família.
Os profissionais também passarão a receber incentivos, proporcionais ao valor da bolsa, pela permanência no programa e para atuarem em regiões de vulnerabilidade. Os médicos alocados nessas regiões, ao permanecerem por 48 meses no programa, poderão receber incentivo de R$ 120 mil – equivalente a 20% do total recebido no período.
Para atrair médicos formados com auxílio do Financiamento Estudantil (FIES), esses profissionais poderão receber até R$ 475 mil em incentivos. de acordo com critérios de localidade, tempo de atuação e valor da dívida.
