Reconstrução de ponte pênsil na fronteira com SC não deve ter aporte gaúcho

Estrutura cedeu parcialmente em 20 de fevereiro, durante o feriado de Carnaval, causando a morte de um jovem

Foto: Fabiano do Amaral / CP

A ponte pênsil entre Torres, no litoral Norte do Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, deve ser reconstruída em breve, por iniciativa do estado vizinho. A prefeitura do município catarinense informou que pretende realizar a obra, estimada em R$ 750 mil, em parceria com o governo estadual. Do lado gaúcho do rio Mampituba, no entanto, não há mobilização em torno de um aporte local para auxiliar na recuperação.

A estrutura cedeu parcialmente em 20 de fevereiro deste ano, durante o feriado de Carnaval. O incidente levou dezenas de pessoas à água e causou a morte de Brian Grandi, de 20 anos, que chegou a ficar três dias desaparecido até a localização o corpo.

Conforme a Prefeitura de Torres, a responsabilidade pela ponte sempre coube a Passo de Torres, sem nunca ter havido participação do município gaúcho. A alegação já havia sido feita à época do acidente, quando ambas as prefeituras foram questionadas sobre as condições da estrutura. De outro lado, a prefeitura da cidade catarinense dizia que a manutenção da ponte pênsil era dividida entre os dois municípios.

Conforme a Prefeitura de Passo de Torres, o governador catarinense, Jorginho Mello, confirmou a liberação dos recursos para reconstruir a estrutura durante um encontro com o prefeito, Valmir Rodrigues, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc).

Investigações policiais sobre a queda parcial da estrutura seguem nos dois municípios. Em abril, o Instituto-Geral de Perícias concluiu o laudo sobre as causas do incidente. A previsão de conclusão do inquérito da Polícia Civil de Santa Catarina é ainda para maio, já a polícia gaúcha não informou quando pretende encerrar as análises.