O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou nesta quinta-feira, 25, novas linhas de financiamento à indústria para que o setor possa obter crédito em condições parecidas com as oferecidas ao agronegócio. O banco vai oferecer financiamento de R$ 2 bilhões para as exportações de produtos brasileiros.
Nessa linha, que visa diminuir custo de exportadores para que os produtos brasileiros ganhem mercados internacionais, o banco vai reduzir em 61% a diferença entre a taxa cobrada das empresas e a taxa de captação.
“Estamos praticamente abrindo a mão do spread do banco pra ajudar a indústria a exportar”, declarou o presidente do BNDES. Além disso, outra linha de R$ 2 bilhões, que pode chegar a R$ 4 bilhões, será oferecida à indústria exportadora nas mesmas condições da agricultura: 7,5% ao ano, com taxa fixa em dólar e dois anos de carência.
Foram aprovados também mais R$ 20 bilhões para financiamento de inovação nos próximos quatro anos a uma taxa 1,7% ao ano. O BNDES tem outros R$ 20 bilhões para financiar investimentos em tecnologia da informação, os recursos para inovação chegam a R$ 40 bilhões.
Segundo Mercadante, o banco financia exportações “sem um real subsidiado”, porém, classificando-se como um “desenvolvimentista”, ele sustentou a uma plateia formada por empresários da indústria paulista que o subsídio é “indispensável” na saída da pandemia. Também cobrou em seu discurso uma reforma tributária que desonere a indústria e defendeu que o banco precisa ter outros indexadores além da Taxa de Longo Prazo, base das taxas cobradas pelo BNDES, assim como um deflator da taxa de juros para projetos considerados estratégicos.