Indicador de Clima Econômico na América Latina piora no segundo trimestre, diz FGV/Ibre

No caso do Brasil, o indicador passou de 73,5 pontos para 58,8 pontos, um recuo de 14,7 ponto

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina caiu de 73,4 pontos para 65,8 pontos entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), e foi influenciado pelo piora das avaliações sobre a situação econômica atual, enquanto as expectativas melhoraram. A falta de confiança na política econômica local continua sendo um dos principais problemas para o crescimento econômico da região, segundo os especialistas consultados.

A queda no ICE é explicada pelo recuo do indicador que mede a percepção dos especialistas sobre a situação econômica atual (ISA), que retraiu em 24,7 pontos entre os dois primeiros trimestres de 2023. No sentido oposto, o Indicador que mede as expectativas (IE) ganhou 10,2 pontos, subindo a 80,3 pontos. Isso significou uma recuperação de parte das perdas sofridas no trimestre anterior.

No caso do Brasil, o indicador passou de 73,5 pontos para 58,8 pontos, um recuo de 14,7 pontos. O ISA piorou em todos os países. A maior queda foi registrada no Brasil, de 42,0 pontos, passando de 70,6 pontos para 28,6 pontos. O ISA do Brasil é o quarto colocado na lista dos mais baixos no segundo trimestre de 2023, depois da Argentina, Chile e Bolívia.

O Indicador de Expectativas no Brasil apresentou um avanço de 76,5 pontos para 92,9 pontos na comparação entre os dois primeiros trimestres de 2023. Também houve piora na avaliação da situação atual superando a melhora nas expectativas. Além disso, como o IE está na zona desfavorável, a perspectiva não aponta para um cenário otimista (favorável) do clima econômico.