O número de empresas negativadas superou os 6,5 milhões em abril, com alta anual de 6,4%, o maior patamar registrado pelo Indicador de Inadimplência da Serasa Experian em toda a série histórica, iniciada em 2016. O valor das dívidas, quando somadas, também cresceu e atingiu quantia recorde, de R$ 117,5 bilhões. Dentre as mais de 6,5 milhões de companhias negativadas, 5,7 milhões são micro e pequenos negócios. No Rio Grande do Sul, o número chegou a 384 mil empresas.
O segmento de serviços é o mais afetados e representa 54% do total de empresas inadimplentes, seguido pelo comércio, com 37%, por indústrias, 7,7%, setor primário, 0,8%, e outros (0,5%) – categoria que contempla empresas financeiras e do terceiro setor. Os principais credores são o setor de serviços (30,6%), bancos/cartões (18,5%), telefonia (7,9%), utilities (6,7%) e varejo (3,9%). São Paulo é o Estado com o maior número de empresas inadimplentes (2,057 milhões de CNPJs).
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o quadro econômico do país continua impondo desafios aos empreendedores, que acabam entrando na inadimplência. “Com insumos encarecidos, juros altos e nenhum incentivo ao consumo, o fluxo de caixa das empresas não das empresas não encontra espaço para crescer, o que torna a quitação de dívidas inviável para os donos de negócios”, diz ele.