Os Ministérios da Igualdade do Brasil e da Espanha divulgaram, nesta terça, uma nota conjunta em solidariedade ao atacante Vini Jr, vítima de ofensas racistas em partida pelo Campeonato Espanhol disputada nesse domingo, em Valencia. O texto condena o “racismo no esporte e a violência que ele gera”, constituindo “grave violação dos direitos humanos” e perpetuando “a desigualdade e a discriminação em todos os âmbitos da sociedade”. Ainda segundo o documento, “atitudes racistas, sexistas e fascistas dentro e fora dos campos de futebol são intoleráveis em uma democracia”.
A nota declara “solidariedade incondicional” a Vini Jr., o jogador agredido, e a todos os atletas, profissionais ou não, que sofrem violência racista no esporte. Ainda defende ser “obrigação de todas as instituições competentes responderem com a maior diligência para agir contra este e todos os casos que ocorrem no campo desportivo e que não podem ficar impunes, garantindo o acompanhamento, proteção e reparação das vítimas desses crimes”.
“Os Estados signatários, por meio desta Comunicação Conjunta, insistem nesse compromisso compartilhado antirracista e feminista e na importância de realizar ações concretas e efetivas para promover a igualdade e o combate ao racismo como pilares essenciais para o desenvolvimento de ambos os países”, encerra o texto.
Prisões
Nesta terça, a polícia espanhola anunciou a detenção em Valência (leste) de três jovens suspeitos de proferir insultos racistas contra Vinícius Júnior, do Real Madrid, durante a partida de LaLiga no domingo entre o clube merengue e o Valencia. Mais cedo, outras quatro pessoas foram presas como parte da investigação sobre o boneco com o uniforme do atacante brasileiro pendurado em uma ponte de Madri, capital espanhola, fim de janeiro.
