Deputado federal Zucco antecipa ações desta terça-feira da CPI do MST e critica narrativas negativas a respeito da comissão

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, Zucco declarou que o trabalho da CPI do MST tem o objetivo de 'pacificar o campo'

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O deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) concedeu entrevista na manhã desta terça-feira ao programa Agora, da Rádio Guaíba, e voltou a se manifestar a respeito da CPI do MST – da qual é presidente -, já instalada na Câmara dos Deputados desde a quarta-feira (17) da última semana.

Respondendo aos questionamentos, ele revelou quais os procedimentos serão tomados nesta terça-feira (23), criticou o que classificou como “guerrilhas de narrativas”, como, por exemplo, a de que estaria sendo investigado por suposto incentivo a atos antidemocráticos e sacramentou que a CPI tem o objetivo de levar paz ao campo.

“Esta CPI é uma CPI muito importante, que vai investigar as invasões de propriedades, já temos hoje a proposta para ler o plano de trabalho, onde vamos fazer diligências nos locais onde houve as invasões. Onde nós vamos convidar e, se necessário, convocar pessoas envolvidas. Onde nós vamos ir atrás efetivamente dos financiadores, dos incentivadores, dos omissos”. Para Zucco, a visão a respeito da comissão é somente negativa para quem realmente deve e o trabalho dessa CPI, na sua análise, servirá para “pacificar o campo”.

Sobre as convocações que serão feitas pela CPI, Zucco também disse que pretende apresentar um plano de trabalho que possa abarcar as diligências necessárias nos estados, as investigações já em curso pelas polícias militares ou civis e que convites serão feitos também a pessoas prejudicadas pelas invasões de terras.

Quanto à cassação do mandato do deputado Deltran Dallagnol (Podemos-PR), Zucco disse acreditar que esse julgamento deveria ter ocorrido no âmbito da Câmara Federal e não do TSE. “Se houve algo onde Deltran deveria responder, na minha visão essa resposta deveria ser dada pela Câmara Federal, por meio, até mesmo, de um conselho de ética. Mas, infelizmente, estamos enxergando essas ações. E eu espero que consiga avançar, nós temos uma oposição atuante, forte, e vamos continuar trabalhando”.

Para finalizar, Zucco disse que trabalhará para evitar que a CPI cumpra seu objetivo e que não acabe como muitas outras, “começando sem saber como terminará”. Também disse que todo e qualquer ato atrelado ao MST pode ser investigado pela comissão, inclusive a possibilidade de integrantes ‘infiltrados’ nos atos de 8 de janeiro.

“Todo e qualquer requerimento, que for pautado na CPI e a gente julgar que deva ser avançado nas investigações, que estejam lincados à pauta principal, que é a invasão de propriedades, será analisado”, concluiu.