Vestiário do Inter tem Mano retraído, críticas à preparação física e avaliação de dirigentes

Treinador corre risco de demissão, que pode ser comunicada nesta segunda-feira

Foto: Fabiano do Amaral / Correio do Povo

A crise já instalada nos lados do Beira-Rio foi aprofundada com a derrota do Inter no Gre-Nal desse domingo. Após o revés de 3 a 1 para o Grêmio, o vestiário colorado foi cercado por expectativa sobre a permanência de Mano Menezes. Antes do técnico, quem falou em nome do clube foi o executivo de futebol William Thomas, que apenas garantiu que a situação do treinador está sendo avaliada. Já em sua fala, Mano mostrou abatimento e expôs as dificuldades na preparação física.

“Quando nós fomos virar a temporada e eu fui renovar o contrato, nós discutimos algumas coisas sobre a realidade do clube. Quais seriam as dificuldades que iríamos enfrentar e eu aceitei. Vou repetir aquilo que já falei: temos no nosso grupo jogadores para entregar mais. Não é este o problema maior. O nosso problema maior foi a preparação na primeira parte da temporada”, explicou. Mano fez referência ao preparador físico Jean Carlo Lourenço, demitido na última semana.

Para o comentarista da Rádio Guaíba Cristiano Oliveira, o que acontece no Inter dentro de campo é apenas a ponta de um iceberg. “O Mano não citou, mas ele acabou falando de um nome: Jean Carlo de Lourenço, que era o preparador físico do clube até a semana passada. E quem contratou esse profissional foi William Thomas. O Mano ainda salientou que no passado recente errou ao tentou proteger o trabalho de Lourenço”, analisou.

O analista da Rádio Guaíba Carlos Guimarães lembrou que Mano já havia deixado essa situação aparente em outras ocasiões. “O Mano sempre deixou isso nas entrelinhas, quando dizia que a pré-temporada não foi a ideal. Ele dizia que havia muito desgaste, com jogadores que não conseguiam aguentar. Há outros fatores também nas atuações no Inter: há atletas com declínio técnico, dificuldade de mentalidade e jogadores que não conseguem pressionar o adversário em determinadas situações de jogo. Isso é físico, é, mas também é algo estratégico. Sem intensidade você não consegue nada”, avaliou.