Semana econômica com atenções para aprovação do arcabouço fiscal na Câmara

Legislativo aprovou na semana passada o peidido de urgência do projeto de lei do marco fiscal

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A semana econômica no Brasil tem muito de relação com o noticiário político vindo de Brasília. As atenções estarão voltadas para a votação do novo projeto de arcabouço fiscal no plenário da Câmara dos Deputados. A versão final do documento do relator do projeto, deputado Claudio Cajado, já foi apresentada aos líderes partidários na segunda-feira passada, 15, e a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência do projeto de lei do marco fiscal (PL 93/23) dois dias depois.

Os detalhes já conhecidos do documento têm agradado aos analistas do mercado financeiro pois estabelece que, caso o governo não cumpra a meta de resultado primário traçada no arcabouço, a próxima proposta orçamentária estabelecerá que o crescimento das despesas será reduzido para 50% do aumento das receitas do ano anterior (ante 70% se a meta de resultado primário for atingida). Além disso, inclui uma lista de restrições caso a meta de resultado primário não seja atingida. Se aprovado (por 50%+1), o parecer seguirá para aprovação no Senado.

INDICADORES

Na economia propriamente dita, a segunda-feira, 22, começa com a divulgação do Relatório Focus elo Banco Central, com as projeções de mais de 100 analistas do mercado financeiro feitas na semana passada. Já entre os indicadores, destaque para a inflação medida pelo IPCA-15 de maio, a ser divulgada na quinta-feira, 25, pelo IBGE. As projeções dos analistas apontam para uma alta mensal de 0,64%, com a taxa anual estável em 4,2%

Outro indicador esperado são as primeiras sondagens da FGV de maio do consumidor, na mesma quinta, e da construção, na sexta, 26. Neste dia, o Banco Central divulgará a nota do setor externo, onde as projeções apontam para um déficit de US$ 200 milhões em transações correntes, ante superávit de US$ 100 milhões registrado no mesmo mês do ano passado. A balança comercial deve registrar superávit de US$ 6,9 bilhões (com quantidade maior de petróleo e soja).