Instaurada na Câmara de Vereadores de Canoas para investigar as acusações contra o vice-prefeito da cidade, Nedy de Vargas Marques (Avante), a comissão processante de impeachment teve o relator alterado. Na sessão dessa quinta-feira, o vereador Jozir Prestes (PSD), o Patetta, inicialmente indicado para o cargo, renunciou. Patetta justificou a saída alegando que não dispõe do tempo necessário para examinar o processo e os documentos anexados a ele “com a devida atenção”.
Um novo sorteio ocorreu na mesma noite e o vereador Leandrinho (PSD) teve o nome confirmado para a relatoria. A partir de agora, a Comissão Processante passa a ser formada pelo presidente, vereador Marcio Freitas (Avante), tendo Leandrinho (PSD) como relator e Eracildo Linck (MDB) como o terceiro membro.
Ainda na quarta-feira, o advogado do vice-prefeito Nedy, Rodrigo Schmitt, entregou na Câmara de Vereadores a documentação com a defesa prévia do político sobre processo de impeachment instaurado. Na defesa escrita, com 45 páginas, também foram elencadas as 10 testemunhas que devem ser inquiridas durante a ação. O processo de cassação contra Nedy, instaurado pelos vereadores em 25 de abril, teve a admissibilidade aprovada com 18 votos a favor e dois contra.
O pedido de impeachment partiu de uma eleitora, e se baseia em termos de um decreto-lei de 1967, que trata sobre “omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município”. Ela sustenta que Nedy Marques negligenciou da tarefa de manter o equilíbrio financeiro do contrato de gestão do Hospital Universitário, que entrou em crise e precisou de intervenção estadual, no ano passado.
Para que Nedy tenha o mandato cassado e a perda definitiva do cargo de vice-prefeito, é preciso que 14 dos 21 vereadores votem a favor do impeachment. O político esteve como prefeito em exercício durante afastamento de Jairo Jorge (PSD), de março de 2022 a março de 2023.
