A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos classificou como ‘pontuais’ os problemas com a coleta de lixo em bairros de Porto Alegre. A declaração ocorre após relatos enviados à Rádio Guaíba e ao Correio do Povo, nesta quinta-feira, sobre atrasos no recolhimento de detritos no bairro Auxiliadora, na zona Norte.
“Em várias ruas do bairro Auxiliadora os contêineres de lixo estão transbordando há dias”, menciona um dos depoimentos recebidos pela reportagem. Moradores do Bom Fim e do Santana também apontaram cenário semelhante.
Conforme o secretário de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia, os atrasos ocorrem em 5% a 10% da coleta automatizada, realizada em 20% dos bairros da capital. O titular da pasta também garantiu que, apesar do problema, os caminhões seguem recolhendo detritos, e recomendou que as sacolas de lixo sejam deixadas ao lado dos contêineres lotados para coleta posterior.
“Importante ressaltar que 80% da cidade é atendida pela coleta tradicional, com caminhão compactador e garis fazendo recolhimento, que segue sem alterações. Dos 20% atendidos pela coleta automatizada de contêineres, 5% a 10% têm atraso na coleta. Em alguns pontos específicos está havendo o acúmulo de materiais, mas o cidadão pode deixar [o lixo] ao lado do contêiner e a empresa vai recolher”, declarou o secretário.
Garcia confirmou problemas mecânicos em caminhões da frota do consórcio Cidade Limpa, que opera a coleta automatizada. “Alguns equipamentos apresentaram problemas mas a empresa já está substituindo. Até domingo, a expectativa é que a situação já esteja normalizada. Lembrando que [os atrasos] são específicos e pontuais. Em apenas um período o caminhão acaba não passando”, enfatizou.
Rescisão do contrato para coleta automatizada
Em fevereiro, a prefeitura da capital chegou a anunciar a rescisão do contrato com o consórcio Porto Alegre Limpa, vencedor da licitação para a coleta automatizada de lixo, em contêineres. Segundo a administração municipal, o conjunto de empresas venceu a licitação para os dois lotes do serviço, mas assumiu apenas parte e não comprovou condições de atender.
O consórcio, no entanto, apresentou um recurso administrativo comprovando ter condições de manter as operações. O anúncio de rescisão, segundo a Secretaria de Serviços Urbanos, se devia à não apresentação de equipamentos, já sanada.
Ao Correio do Povo, o titular da pasta declarou que o número ideal de caminhões para realizar o serviço é sete, com dois atualmente fora de operação. O Porto Alegre Limpa, segundo ele, opera com cinco.
Segundo Garcia, o consórcio já informou que adquiriu dois novos caminhões, mais modernos, com os sistemas ainda em fase de adaptação.
