A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi estimada em 5,4% para o primeiro trimestre de 2023. Na comparação com o 4º trimestre de 2022 (4,6%), aumentou 0,7 ponto percentual, enquanto em relação ao 1º trimestre do ano passado (7,5%) recuou 2,1 pontos percentuais. Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo IBGE.
A população desocupada (337 mil pessoas) na região cresceu 16,4% (mais 47 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e recuou 27,3% (menos 127 mil pessoas) no ano. Na capital, Porto Alegre, a desocupação atingiu 7,0% da força de trabalho, enquanto na Região Metropolitana a taxa foi de 7,1%, ambas estáveis frente ao trimestre anterior.
A taxa de desocupação por sexo no Rio Grande do Sul foi de 4,3% para os homens e 6,6% para as mulheres no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa por cor ou raça ficou abaixo da média estadual (5,4%) para os brancos (4,9%) e acima para os pretos (8,9%) e pardos (6,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino fundamental completo (8,4,%) e ensino médio incompleto (8,3%) foram maiores que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,6%, exatamente o dobro da verificada para o nível superior completo (2,8%).
OCUPAÇÃO
O contingente de pessoas ocupadas (5,9 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 3,2% (mais 185 mil pessoas) ante o mesmo trimestre do ano anterior. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 62,3%, não teve alteração significativa frente ao trimestre anterior e subiu 2,2 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior (60,2%).
A taxa composta de subutilização (11,5%) caiu 4,5 pontos percentuais ante o primeiro trimestre de 2022 (16,0%), chegando ao menor valor da série histórica para o período. Em relação ao quarto trimestre de 2022, se manteve estatisticamente estável. A população subutilizada (743 mil pessoas) também ficou estável frente ao trimestre anterior e recuou 28,3% (menos 294 mil pessoas) na comparação anual. A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (203 mil) ficou estatisticamente estável ante o trimestre anterior e caiu 34,3% (menos 106 mil pessoas) no ano.
O rendimento real habitual (R$ 3.167) teve queda de 2,8% frente ao trimestre anterior (R$ 3.257) e cresceu 6,0% no ano (R$ 2.988). A massa de rendimento real habitual (R$ 18,2 bilhões) também diminuiu 3,2% frente ao trimestre anterior (R$ 18,8 bilhões), mas cresceu 9,4% na comparação anual (R$ 16,6 bilhões). A taxa de informalidade foi de 32,0% da população ocupada (ou 1,9 milhão de trabalhadores informais), contra 31,7% no trimestre anterior e 32,8% no mesmo trimestre do ano anterior.
Na comparação com o 1º trimestre de 2022, houve alta na ocupação em Indústria geral (12,2% ou mais 107 mil pessoas) e em Construção (13,1% ou mais 49 mil pessoas). Não houve variação significativa nos demais oito grupamentos.