A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, concedeu uma entrevista televisiva nesta quinta-feira e afirmou que as novas eleições gerais no Equador ocorrerão em 20 de agosto, conforme informações do jornal El Comercio. Se necessário, um segundo turno será feito em 15 de outubro.
O anúncio ocorre um dia após o presidente Guillermo Lasso invocar a chamada “morte cruzada” e dissolver o Congresso. Atamain destacou que se ele decidir ser candidato nestas eleições, não contará como reeleição à presidência.
Por decreto publicado nessa quarta-feira em caráter de urgência e com efeito imediato, Lasso determinou a dissolução da Assembleia Nacional por “grave crise política e comoção interna”. O político liberal vem recebendo duras críticas por medidas autoritárias nos últimos anos e sofreu um processo de impeachment por supostamente ter permitido favorecimento a uma petrolífera em contratos estatais.
O poder de dissolver a Assembleia Nacional tem sido objeto de debate desde a sua inclusão na constituição em 2008, com argumentos positivos relacionados a uma ajuda do mecanismo para resolver crises de governança, e que a mera ameaça ou possibilidade de dissolução da Assembleia Nacional poderia acelerar as decisões dos parlamentares.