IGP-10 tem deflação de 1,53% em maio, a maior desde setembro de 1993

Queda acumulada em 12 meses é de 3,49%, diz FGV

Crédito: Getty Images/Blend Images

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou queda de 1,53% em maio, comparado com uma retração de 0,58% em abril. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 17, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e acumula uma queda de 1,99% no ano e de 3,49% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,10% no mês e acumulava elevação de 12,13% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, o IGP-10 registrou a maior deflação entre as taxas mensais e interanuais, desde setembro de 1993, quando iniciou a sua série histórica. O aprofundamento da deflação do IPA foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)”, afirmou em nota. Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,25% em maio, ante retração de 0,96% em abril.

COMBUSTÍVEIS

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de +0,51% em abril para +0,29% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +0,08% para -0,54%. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou +0,07% em maio. No mês anterior, a taxa foi de +0,64%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,59% em abril para -1,08% em maio. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -1,14% para -0,49%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,55% em maio, após queda de 0,98%, no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -1,62% em abril para -5,88% em maio. As principais contribuições para desaceleração da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (0,58% para -11,50%), milho em grão (-2,61% para -12,48%) e soja em grão (-7,63% para -10,41%). Em sentido contrário, as variações mais relevantes ocorreram nos itens leite in natura (de 1,70% para 3,87%), café em grão (de -3,28% para -0,07%) e cana-deaçúcar (de 0,08% para 0,46%).