A Petrobras publicou um comunicado neste domingo, 14, confirmando que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva no início da semana. O resultado deste debate pode ser o anúncio de uma nova estratégia comercial para definição de preços desses combustíveis e, consequentemente, uma mudança de preços.
Segundo dados dos importadores, a gasolina vendida pela estatal está R$ 0,39 por litro acima da paridade de importação, valor que no caso do diesel é estimado em R$ 0,28. No comunicado do final de semana, a Petrobras informa que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança.
“O critério vai ser de estabilidade versus volatilidade. Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste, como em 2006 e 2007, mas também não precisamos voltar à maratona de 118 reajustes no ano em um único combustível, como em 2017, o que levou à greve dos caminhoneiros”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Segundo o dirigente, a Petrobras vai continuar a seguir a referência internacional dos preços do petróleo e derivados e a competitividade interna dos mercados regionais. “Existe chance de haver reajuste? Sim. Na semana que vem vamos reavaliar alguns combustíveis”, disse, argumentando que sempre que a companhia puder aguardar para responder a uma instabilidade ocasional no mercado internacional, vai fazê-lo em benefício da estabilidade para o cliente.
Nos 100 primeiros dias da gestão, o preço do diesel praticado pela Petrobras caiu 23%, o da gasolina, 4%, e o do GLP (gás de cozinha), 19%.