Lucro da Petrobras cai mais de 14% no primeiro trimestre comparado com 2022

Conselho de Administração da petroleira aprovou dividendos de R$ 24,7 bilhões, como antecipação relativa ao exercício de 2023

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A Petrobras fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 38,1 bilhões, 14,4% abaixo do registrado em igual período do ano passado e 12% menor do que o registrado no trimestre imediatamente anterior. Conforme a companhia, a receita de vendas no período caiu 1,8%, para R$ 139 bilhões, frente ao primeiro trimestre de 2022, e 12,3% em relação ao quarto trimestre do ano passado. O Conselho de Administração da petroleira, reunido nesta quinta-feira, 11, aprovou dividendos de R$ 24,7 bilhões, como antecipação relativa ao exercício de 2023. Esse resultado determinou uma valorização de 3,7% nos papéis da companhia.

“Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do Brent e menor resultado financeiro (-4,7 bilhões de reais), parcialmente compensados por menores despesas operacionais (+4,9 bilhões de reais)”, disse a companhia. Além disso, a Petrobras pontuou que houve maior despesa com imposto de renda (+2,9 bilhões de reais) principalmente em função da ausência de créditos tributários ocorridos no quarto trimestre pela distribuição de dividendos do exercício de 2022 na forma de juros sobre capital próprio.

DÍVIDA BRUTA

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, teve queda de 6,7% contra o primeiro trimestre do ano passado e recuo de 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2022, para R$ 72,5 bilhões. A dívida líquida da empresa caiu para US$ 37,5 bilhões, enquanto a dívida bruta alcançou US$ 53,3 bilhões no primeiro trimestre de 2023, o menor nível desde 2010. Houve queda de 0,8% em relação a igual período do ano passado.

O prazo médio da dívida ficou em 12 anos e o custo médio foi de 6,5%, ambos em linha com aqueles registrados em 31/12/2022. A relação entre endividamento líquido e o Ebitda ajustado foi de 0,58x, também a melhor marca desde 2010. Já os investimentos ficaram em US$ 2,5 bilhões, uma alta de 40,4% com relação ao mesmo período do ano passado.

“O atual nível do endividamento bruto, a elevada geração de caixa e a sólida liquidez permitiram à companhia aprovar um pagamento de remuneração ao acionista no montante de R$ 1,89 por ação ordinária e preferencial, de acordo com sua política de remuneração aos acionistas”, disse a empresa no relatório trimestral.