A hipótese de que a pressão externa não invade o vestiário é perecível. Quando os problemas, no entanto, são causados de dentro pra fora, as estratégias para contorná-los também mudam na expectativa de diminuir os danos causados pelas cobranças de toda ordem. A primeira delas foi possível perceber minutos depois da goleada para o Palmeiras, em São Paulo. O tom das entrevistas do técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, ultimamente mais enfático, foi no mesmo diapasão da fala subsequente do presidente Alberto Guerra. Ambos trataram de amenizar o clima instalado desde o episódio Adriel, passando pela cobrança pública de reforços por parte do treinador e desembocando em resultados preocupantes.
Os seguintes movimentos de apagar focos de incêndio como descumprimento de cartilha e descontentamento, com a demora de jogadores no departamento médico oriundos de dentro e não de fora do vestiário nos últimos dias, jamais serão admitidos nesses termos, embora muitas vezes o contrário aconteça quando as críticas surgem externamente.
É na mudança de postura do time e no o retorno de jogadores importantes que reside a crença de que a resposta será dada pelo atual grupo enquanto novos nomes não chegam. No momento de turbulência, para que seu prazo de sua duração seja antecipado, a saída no futebol não é hipotética, mas sim certeira: vencer. A começar pelo Fortaleza, domingo na Arena, a partir das 16h.
Dois treinos para definir o time
No retorno de São Paulo, ontem, os jogadores realizaram um treino regenerativo. Renato tem ainda os treinamentos de hoje à tarde (fechado à imprensa) e amanhã antes da concentração para definir o time que encara o Fortaleza. Novamente a expectativa está pelo aproveitamento de Pepê, que esteve próximo de atuar durante a semana, mas não se sentiu confiante.