Soldados do 17º Batalhão de Polícia Militar confirmaram à Rádio Guaíba que mais três pistolas e um fuzil foram apreendidos, além de munições, nesta sexta-feira, no sítio em que morreu o traficante Adalberto Arruda Hoff, de 43 anos, em Gravataí, na região Metropolitana. Conhecido como ‘Beto Fanho’, o ex-líder do tráfico na zona Norte da capital foi localizado e morto na região de Morungava, nessa quarta-feira, em uma operação conjunta da Polícia Civil e Brigada Militar.
Na quinta, após confronto com o 17º BPM, três homens e uma mulher foram presos, quando tentavam resgatar mais armamento no sítio. Até então, 22 armas, na maioria enterradas na propriedade, já tinham sido apreendidas.
Conforme apurou a reportagem, perto das 5h desta madrugada, outros dois homens retornaram ao local para tentar recuperar mais armas. Flagrados quando desenterravam o armamento, um deles acabou sendo capturado pelos soldados e o outro, fugiu.
Quem foi ‘Beto Fanho’
Adalberto Arruda Hoff, o ‘Beto Fanho’, tinha sete indiciamentos por homicídio, além de tráfico de drogas, roubo a banco e a estabelecimento, porte ilegal de armas e associação criminosa, acumulando 53 anos de condenação.
O criminoso, segundo as investigações, era um dos chefes do tráfico na Vila São Borja, no bairro Sarandi, zona Norte de Porto Alegre, onde outras três armas de fogo foram apreendidas, na última quarta-feira.
Conforme o apurado, ele chegou a integrar uma facção oriunda da Vila 27, na Vila Cruzeiro, na zona Sul. Quando morreu, no entanto, ele estaria vinculado a um grupo surgido no Presídio Central, na década de 1990, que se define como ‘aberto’ a alianças com outras facções.
Ambas as quadrilhas ligadas a Beto Fanho integram uma coligação de traficantes formada para combater uma organização criminosa maior, surgida no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre.