Defesa de coronel da PM preso em atos extremistas pede liberdade ao STF

Solicitação chegou ao ministro Alexandre de Moraes

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, pediu nesta sexta-feira para deixar a prisão. A solicitação chegou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a soltura do ex-ministro Anderson Torres.

O ex-comandante está preso, por determinação de Moraes, desde os atos extremistas de 8 de janeiro, em Brasília. A defesa argumenta que o coronel é investigado pelos mesmos fatos que Anderson Torres e não há sentido em que ele continue detido.

“Todos os policiais militares que supostamente estariam envolvidos nos acontecimentos do dia 8 de janeiro último já foram ouvidos, inexistindo presumida influência que Naime teria sobre os demais. A revogação da prisão preventiva em nada atrapalharia a lisura das investigações e a colheita de prova. Naime possui residência fixa e vínculo com o Distrito Federal, atuando há décadas de modo exemplar na Polícia Militar”, disse a defesa.

Anderson Torres

Nessa quinta, Moraes mandou soltar o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do DF Anderson Torres. Pela decisão, em troca de prisão preventiva, Torres deve usar tornozeleira eletrônica.

Moraes também determinou que o ex-ministro deve cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e aos finais de semana. No despacho, o magistrado também determinou que ele está proibido de usar as redes sociais, além de ter cancelado o porte de armas e proibido a comunicação do ex-ministro com os demais investigados pelo 8 de Janeiro.